Linfogranuloma venéreo – O que é, transmissão, sintomas e tratamento

O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção sexualmente transmissível menos conhecida, mas potencialmente grave, causada por tipos específicos da bactéria Chlamydia trachomatis.

Embora menos comum que outras ISTs, o LGV pode levar a complicações severas se não for diagnosticado e tratado precocemente.

Com sintomas que podem variar de úlceras indolores a inchaço doloroso dos linfonodos e inflamação crônica, entender essa doença é essencial para a prevenção e o tratamento eficazes.

Neste artigo, vamos explorar detalhadamente o que é o LGV, seus sintomas, formas de transmissão, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção.

O que é linfogranuloma venéreo 

O LGV é uma infecção causada por certos tipos da bactéria Clamídia trachomatis.

A Chlamydia trachomatis é uma bactéria que pode causar diversas infecções em humanos, sendo as mais comuns a clamídia genital, o linfogranuloma venéreo (LGV) e o tracoma.

A diferenciação entre os tipos de clamídia se baseia nos diferentes sorotipos da bactéria e nas doenças específicas que causam.

  • A clamídia genital é causada pelos sorotipos D e K da Chlamydia trachomatis.
  • O linfogranuloma venéreo é causado pelos sorotipos L1, L2 e L3 da Chlamydia trachomatis.
  • O tracoma é uma infecção ocular causada pelos sorotipos A, B e C da Chlamydia trachomatis.

Diferença entre clamídia genital e linfogranuloma venéreo

A clamídia genital é frequentemente assintomática e pode levar a complicações reprodutivas se não for tratada.

Se você quiser saber mais detalhes sobre a clamídia (o que é, como é transmitida, quais os sintomas e como é feito o tratamento), dá uma olhada no vídeo abaixo.

Clique na imagem acima para assistir ao vídeo

Diferente da clamídia genital, o linfogranuloma venéreo é uma infecção mais invasiva que afeta os gânglios linfáticos e tecidos subcutâneos

O linfogranuloma venéreo causa sintomas mais graves e complicações crônicas se não tratado adequadamente.

Sintomas do linfogranuloma venéreo 

A infecção por LGV pode ser dividida em três estágios distintos, cada um com seus próprios sintomas característicos:

Estágio 1: Infecção Primária

  • Período de Incubação: Ocorre entre 3 e 30 dias após a exposição à bactéria.
  • Sintomas:
    • Pequenas úlceras ou pápulas indolores aparecem no local de entrada da bactéria, geralmente nos órgãos genitais, ânus ou boca.
    • Essas lesões podem passar despercebidas porque são indolores e frequentemente cicatrizam rapidamente.

Estágio 2: Infecção Secundária

  • Período: Ocorre semanas a meses após o desaparecimento das lesões primárias.
  • Sintomas:
    • Linfadenopatia Inguinal e Femoral: Inchaço doloroso dos gânglios linfáticos na região inguinal (virilha) ou femoral. Estes gânglios aumentados podem se tornar grandes e dolorosos, formando o que é conhecido como “bubão”.
    • Flutuação e Abscessos: Os gânglios linfáticos inchados podem se tornar flutuantes (indicação de formação de pus) e, eventualmente, formar abscessos que podem romper e drenar.
    • Febre e Sintomas Sistêmicos: Febre, calafrios, dor de cabeça, dores musculares (mialgia) e mal-estar geral.
    • Proctocolite: Inflamação do reto e cólon, especialmente em homens que fazem sexo com homens (HSH). Os sintomas incluem dor retal, secreção retal, sangramento e dor ao evacuar.
    • Sintomas Genitais: Inchaço dos órgãos genitais e dor.

Estágio 3: Infecção Terciária (Crônica)

  • Período: Meses a anos após a infecção inicial, especialmente se não for tratada adequadamente.
  • Sintomas:
    • Inflamação e Fibrose Crônica: Pode levar à formação de tecido cicatricial e fibrose nos gânglios linfáticos e órgãos genitais.
    • Elefantíase Genital: Inchaço crônico e endurecimento dos órgãos genitais, resultando em deformidades graves.
    • Fístulas e Estenoses: Formação de passagens anormais (fístulas) entre o reto e outros órgãos, e estreitamento (estenose) do reto e outras áreas genitais, levando a dor crônica e dificuldades para evacuar.
    • Disfunção Sexual: Devido às deformidades e cicatrizes, pode haver dor durante o sexo e disfunção sexual.

♦Complicações:

  • Linfadenite Purulenta: Inflamação purulenta dos gânglios linfáticos, que podem formar grandes abscessos.
  • Proctocolite Crônica: Inflamação prolongada do reto e cólon, causando dor e desconforto persistentes.
  • Estenose e Obstrução: O estreitamento das passagens anais ou genitais pode levar à obstrução, dificuldade para urinar ou evacuar e dor crônica.
Linfogranuloma venéreo imagem
Linfogranuloma venéreo – Inchaço doloroso dos gânglios linfáticos na região inguinal (virilha) ou femoral. Estes gânglios aumentados podem se tornar grandes e dolorosos, formando o que é conhecido como “bubão”.

Transmissão do linfogranuloma venéreo 

A transmissão do Linfogranuloma venéreo ocorre principalmente através do contato sexual, mas existem várias nuances que são importantes para entender melhor como essa infecção pode ser transmitida.

Contato Sexual Vaginal:

  • Mecanismo: Durante a relação sexual vaginal, a bactéria pode ser transmitida através de pequenas lesões ou abrasões na mucosa vaginal ou no pênis.
  • Risco: O risco é maior quando o sexo é desprotegido, ou seja, sem o uso de preservativos.

Contato Sexual Anal:

  • Mecanismo: O sexo anal é uma via comum de transmissão, especialmente entre homens que fazem sexo com homens (HSH). A mucosa retal é particularmente suscetível a pequenas lesões durante a penetração, facilitando a entrada da bactéria.
  • Risco: A transmissão é mais provável durante o sexo anal desprotegido.

Contato Sexual Oral:

  • Mecanismo: Embora menos comum, o LGV pode ser transmitido através do sexo oral. A bactéria pode entrar através de pequenas abrasões ou cortes na boca.
  • Risco: O risco é menor comparado ao sexo vaginal e anal, mas ainda existe.

Contaminação por Secreções:

  • Mecanismo: O contato direto com secreções infectadas, como sêmen ou fluidos vaginais, pode resultar em transmissão. Isso pode ocorrer mesmo na ausência de penetração, através de contato genital-genital ou genital-anal.
  • Risco: O risco é elevado se as secreções entram em contato com mucosas ou áreas com pequenas lesões.

Uso Compartilhado de Brinquedos Sexuais:

  • Mecanismo: Brinquedos sexuais podem transmitir a bactéria se não forem devidamente higienizados entre usos ou se usados por mais de uma pessoa sem proteção.
  • Risco: O risco é alto se não houver higiene adequada ou uso de preservativos nos brinquedos sexuais.

Transmissão Vertical:

  • Mecanismo: Em casos raros, uma mulher grávida infectada pode transmitir a bactéria para o bebê durante o parto vaginal.
  • Risco: O risco é baixo, mas pode ocorrer em situações em que a infecção não foi tratada.

♦Fatores de Risco:

  • Práticas Sexuais de Alto Risco: Sexo desprotegido, múltiplos parceiros sexuais e práticas sexuais que causam lesões ou abrasões.
  • Populações de Alto Risco: Homens que fazem sexo com homens (HSH) e profissionais do sexo têm um risco mais elevado de contrair LGV.
  • Histórico de ISTs: Indivíduos com histórico de outras infecções sexualmente transmissíveis têm um risco aumentado.

Diagnóstico do linfogranuloma venéreo 

O médico pode estabelecer o diagnóstico do Linfogranuloma venéreo (LGV) de várias maneiras:

História Clínica e Anamnese:

  • História Sexual: Inclui perguntas sobre práticas sexuais, número de parceiros, uso de preservativos, e histórico de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
  • Sintomas: O médico coleta informações sobre os sintomas apresentados, como presença de úlceras genitais, inchaço dos gânglios linfáticos, dor, febre, e sintomas retais (especialmente em homens que fazem sexo com homens – HSH).

Exame Físico:

  • Inspeção Genital e Retal: Avaliação das áreas genitais e retais para identificar úlceras, inchaço dos linfonodos (bubões), e sinais de proctocolite.
  • Palpação dos Linfonodos: Verificação dos gânglios linfáticos inguinais para detectar aumento, dor e sinais de abscesso.

Testes Laboratoriais:

Diferentes testes laboratoriais podem ser utilizados a partir de diferentes tipos de amostras:

– Aspiração de Linfonodos

  • Descrição: O líquido é aspirado de linfonodos inguinais ou femorais inchados (bubões) usando uma agulha fina.
  • Uso: Este material é especialmente útil em casos de linfadenopatia significativa e pode ser analisado por métodos de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs) ou cultura bacteriana.

– Biópsia de Tecidos:

  • Descrição: Amostras de tecido são retiradas de lesões, linfonodos ou outras áreas afetadas.
  • Uso: As biópsias podem ser analisadas histopatologicamente para identificar características específicas de infecção por LGV, como granulomas e inflamação, e podem ser testadas para DNA de Chlamydia trachomatis.

– Sangue:

  • Descrição: Amostras de sangue são coletadas para testes sorológicos.
  • Uso: Utilizado para detectar anticorpos específicos contra Chlamydia trachomatis. Testes como ELISA, IFA, ou fixação de complemento podem indicar uma resposta imunológica à infecção.

– Exsudato de Úlceras: 

  • Descrição: Amostras são coletadas diretamente das úlceras genitais ou anais.
  • Uso: O exsudato pode ser testado usando NAATs para detectar a presença de DNA de Chlamydia trachomatis.
  • (* Exsudato significa líquido expelido nas feridas).

– Swabs Anoretais:

  • Descrição: Swabs anais, também conhecido como swabs retais, são um procedimento de diagnóstico em que um longo cotonete estéril é inserido suavemente no reto para coletar amostras para teste.
  • Uso: Esses swabs são especialmente importantes em homens que fazem sexo com homens (HSH) e podem ser testados usando NAATs para a detecção de Chlamydia trachomatis.

– Urina:

  • Descrição: Amostras de urina, especialmente a primeira urina da manhã (urina de primeiro jato), são coletadas.
  • Uso: Testadas usando NAATs para detectar DNA de Chlamydia trachomatis. Este método é menos invasivo e pode ser útil para triagem.

Exames Complementares:

  • Ultrassonografia: Pode ser utilizada para avaliar a extensão da inflamação nos linfonodos e tecidos adjacentes.
  • Exame Proctológico: Em pacientes com sintomas retais, pode incluir anuscopia ou sigmoidoscopia para avaliar a inflamação retal.

Diagnóstico Diferencial:

  • Outras ISTs: Sífilis, herpes genital e outras causas de úlceras genitais e linfadenopatia devem ser consideradas e excluídas.
  • Condições Não Infecciosas: Doenças inflamatórias e neoplásicas que causam linfadenopatia também devem ser consideradas.
linfogranuloma venéreo swabs anal
Swabs anais, também conhecido como swabs retais, são um procedimento de diagnóstico em que um longo cotonete estéril é inserido suavemente no reto para coletar amostras para teste.

Tratamento do linfogranuloma venéreo 

O tratamento do linfogranuloma venéreo (LGV) é essencial para prevenir complicações graves e garantir a resolução da infecção.

O tratamento inclui o uso de antibióticos específicos, cuidados de suporte e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos.

Aqui está uma explicação detalhada sobre como é realizado o tratamento do LGV:

Tratamento com Antibiótico:

O principal objetivo do tratamento antibiótico é erradicar a infecção bacteriana causada pela Chlamydia trachomatis dos sorotipos L1, L2 e L3.

– Doxiciclina:

  • Dosagem: 100 mg, duas vezes ao dia, por 21 dias.
  • Eficácia: A doxiciclina é o antibiótico de primeira linha para o LGV devido à sua alta eficácia contra a Chlamydia trachomatis.

♦Alternativas à Doxiciclina:

  • Azitromicina: 1 g por via oral, uma vez por semana, durante três semanas.
  • Eritromicina: 500 mg, quatro vezes ao dia, por 21 dias. É uma alternativa útil para pacientes que não podem tomar doxiciclina, como mulheres grávidas.

♦Considerações Especiais:

  • Resistência Antibiótica: Embora rara, a resistência à doxiciclina e azitromicina pode ocorrer, exigindo monitoramento da resposta ao tratamento e ajustes, se necessário.
  • Tratamento de Parceiros: Todos os parceiros sexuais dos últimos 60 dias devem ser notificados, testados e tratados para evitar a reinfecção e a disseminação da doença.

Cuidados de Suporte:

O manejo de sintomas e complicações é uma parte importante do tratamento do LGV.

– Controle da Dor:

  • Analgésicos: Uso de medicamentos analgésicos como paracetamol ou ibuprofeno para aliviar a dor associada aos linfonodos inflamados e lesões.
  • Compressas Quentes: Aplicação de compressas quentes nos linfonodos inchados pode ajudar a reduzir o desconforto e promover a drenagem.

– Drenagem de Abscessos:

  • Aspiração por Agulha: Em casos de bubões dolorosos ou abscessos que não drenam espontaneamente, pode ser necessária a aspiração com agulha para aliviar a dor e prevenir a formação de fístulas.
  • Incisão e Drenagem: Em casos severos ou resistentes, pode ser necessária a incisão cirúrgica e drenagem dos abscessos.

Tratamento de Complicações:

As complicações do LGV, especialmente em estágios avançados, requerem intervenções adicionais.

– Tratamento de Estenoses e Fístulas:

  • Cirurgia Reconstrutiva: Em casos de estenoses anorretais ou fístulas causadas por inflamação crônica, pode ser necessária a intervenção cirúrgica para corrigir as anomalias e restaurar a função normal.
  • Dilatação Anorretal: Procedimentos de dilatação podem ser usados para tratar estenoses retais.

– Tratamento da Elefantíase Genital:

  • Cirurgia: A elefantíase genital, resultante da inflamação crônica dos vasos linfáticos, pode necessitar de intervenção cirúrgica para remover o tecido fibroso e restaurar a circulação normal.

Monitoramento e Seguimento:

O acompanhamento dos pacientes tratados para LGV é crucial para garantir a eficácia do tratamento e a resolução completa da infecção.

  • Avaliação Clínica: Exames clínicos regulares para monitorar a resolução dos sintomas e detectar possíveis complicações.
  • Testes de Controle: Repetição de testes laboratoriais após o término do tratamento para confirmar a erradicação da infecção.
Em casos de bubões dolorosos ou abscessos que não drenam espontaneamente, pode ser necessária a aspiração com agulha para aliviar a dor e prevenir a formação de fístulas

Como prevenir o Linfogranuloma venéreo 

A prevenção do linfogranuloma venéreo (LGV) envolve várias estratégias focadas em práticas sexuais seguras, educação sobre saúde sexual, rastreamento regular, e tratamento adequado de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Aqui estão as medidas detalhadas para prevenir o LGV:

 Uso Consistente e Correto de Preservativos:

  • Preservativos Masculinos e Femininos: Utilizar preservativos de látex ou poliuretano durante todas as atividades sexuais (vaginal, anal e oral) para reduzir significativamente o risco de transmissão de LGV e outras ISTs.
  • Uso Correto: Verificar a validade dos preservativos, usar um novo preservativo para cada ato sexual e garantir que sejam colocados corretamente para evitar rompimentos ou vazamentos.

Práticas Sexuais Seguras:

  • Limitar o Número de Parceiros Sexuais: Reduzir o número de parceiros sexuais pode diminuir o risco de exposição a ISTs.
  • Monogamia Mútua: Manter uma relação sexual monogâmica com um parceiro que tenha sido testado e esteja livre de ISTs.
  • Comunicação Aberta: Discutir o histórico sexual e o status de saúde sexual com os parceiros antes de iniciar relações sexuais.

Educação sobre Saúde Sexual:

  • Programas de Educação: Participar de programas de educação sexual que informem sobre os riscos de ISTs, incluindo o LGV, e promovam práticas sexuais seguras.
  • Conhecimento sobre Sintomas: Estar ciente dos sintomas de LGV e outras ISTs para reconhecer sinais precoces de infecção e buscar tratamento imediato.

Testes e Rastreamento Regulares:

  • Testes Regulares para ISTs: Realizar testes regulares para ISTs, especialmente em populações de alto risco, como homens que fazem sexo com homens (HSH) e pessoas com múltiplos parceiros sexuais.
  • Testes Específicos para LGV: Em áreas onde o LGV é prevalente ou em grupos de alto risco, testes específicos para LGV devem ser considerados.

Tratamento Imediato de ISTs:

  • Tratamento de ISTs: Buscar tratamento imediato para qualquer IST diagnosticada para prevenir complicações e reduzir a transmissão.
  • Notificação de Parceiros: Notificar e tratar todos os parceiros sexuais recentes para evitar a reinfecção e a disseminação da doença.

Uso de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP):

  • PrEP: Embora seja mais conhecida pela prevenção do HIV, a Profilaxia Pré-Exposição – PrEP pode indiretamente ajudar a reduzir a transmissão de LGV ao promover práticas sexuais seguras entre seus usuários.

Redução de Comportamentos de Alto Risco:

  • Uso de Drogas: Evitar o uso de drogas recreativas que podem levar a comportamentos sexuais de alto risco.
  • Alcoolismo: Moderar o consumo de álcool, pois o uso excessivo pode diminuir a capacidade de tomar decisões seguras durante a atividade sexual.

Higiene Pessoal:

  • Higiene Após o Sexo: Praticar boa higiene pessoal após a atividade sexual, incluindo a lavagem das áreas genitais, pode ajudar a reduzir o risco de infecções.
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Resumo 

O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela Chlamydia trachomatis dos sorotipos L1, L2 e L3.

Embora menos comum que outras ISTs, o LGV pode levar a complicações graves se não for tratado adequadamente.

O diagnóstico de LGV envolve a combinação de avaliação clínica e testes laboratoriais específicos.

Além das amostras de secreções uretrais, cervicais e retais, podem ser utilizadas amostras de aspirado de linfonodos, biópsias de tecidos, sangue, exsudato de úlceras, swabs anoretais, secreção retal e urina.

Métodos como testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs), sorotipagem molecular, sorologia e exames histopatológicos são empregados para confirmar a infecção.

Os sintomas do LGV podem variar dependendo do estágio da infecção.

No primeiro estágio, aparecem úlceras pequenas e indolores na área genital ou anal, que geralmente passam despercebidas.

No segundo estágio, ocorre inchaço doloroso dos linfonodos inguinais (bubões), febre, dor de cabeça e sintomas retais como proctite em homens que fazem sexo com homens (HSH).

No terceiro estágio, a inflamação crônica pode levar a estenoses anorretais, fístulas e elefantíase genital.

O LGV é transmitido principalmente através do contato sexual, incluindo sexo vaginal, anal e oral, e pelo contato direto com secreções infectadas.

A infecção é mais prevalente entre HSH e em áreas onde a prevalência de LGV é alta.

O tratamento de LGV envolve o uso de antibióticos, sendo a doxiciclina o tratamento de primeira linha, administrada por 21 dias. Alternativas incluem azitromicina e eritromicina.

Além dos antibióticos, são necessários cuidados de suporte, como o uso de analgésicos, compressas quentes e, em casos graves, drenagem de abscessos.

Para tratar complicações, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas para estenoses e fístulas, além de cuidados específicos para elefantíase genital.

O acompanhamento regular é essencial para garantir a resolução completa da infecção e prevenir complicações.

A prevenção do LGV inclui o uso consistente e correto de preservativos durante todas as atividades sexuais, práticas sexuais seguras, como limitar o número de parceiros sexuais e manter relações monogâmicas, e participar de programas de educação sexual.

Realizar testes frequentes para ISTs, especialmente em populações de alto risco, e buscar tratamento imediato para qualquer IST diagnosticada, notificando parceiros sexuais, são medidas essenciais.

A redução de comportamentos de alto risco, como o uso de drogas recreativas e o consumo excessivo de álcool, e a manutenção de boa higiene pessoal após atividades sexuais também são importantes para a prevenção.

O LGV, embora tratável, requer atenção precoce e tratamento adequado para evitar complicações graves.

Educação, prevenção e acesso a cuidados de saúde são essenciais para controlar a propagação desta infecção.

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