Vibrador, orgasmo e histeria. Esses são os ingredientes de uma fantástica história que conta como surgiu o primeiro vibrador.
Durante séculos a mulher foi considerada como objeto de prazer masculino (e infelizmente em algumas culturas ainda é!). Assim, os homens nunca se importaram com o desejo sexual das mulheres.
Na verdade, eles não acreditavam que as mulheres poderiam sentir desejo sexual ou prazer. Para os homens, as mulheres não gozavam… não tinham orgasmos…
Desde a época da civilização grega, mulheres que tinham sintomas como excitação, fantasias eróticas e lubrificação vaginal por exemplo eram diagnosticadas com uma doença chamada “Histeria”, doença possivelmente causada por perturbações no útero (uma vez que útero em grego é “Histéria”).
O filme Hysteria (2011), dirigido por Tanya Wexter e estrelado por Hugh Dancy e Maggie Gyllenhaall, conta de maneira bem divertida (e um tanto quanto criativa!) a história do primeiro vibrador. Assista o trailler do vídeo no YouTube, clicando na imagem abaixo.
Nas primeiras décadas do século XIX (um período conhecido como Período Vitoriano pois a rainha Vitória reinava na Inglaterra), mulheres que apresentavam sintomas como irritabilidade, ansiedade, insônia, dores de cabeça, perda de apetite, humidade entre as pernas e fantasias eróticas (entre outros) também eram diagnosticadas com a doença “Histeria” e levadas aos consultórios médicos para o tratamento da doença.
Massagem Clitoriana – O começo da história do vibrador
O tratamento da Histeria nada mais era do que a massagem clitoriana. Ou seja, uma classe especial de médicos aplicava óleo vegetal nos órgãos genitais de suas pacientes e massageavam-nos com um ou dois dedos contra o clitóris até a paciente atingir o que eles chamavam de “paroxismo histérico” mais conhecido hoje como orgasmo.
Esse tratamento parece ter dado muito resultado. Depois de atingir o paroxismo histérico, as mulheres se sentiam mais calmas e felizes a tal ponto que elas voltavam ao consultório, depois de um certo tempo, para outra seção da milagrosa massagem clitoriana.
Assim, as mulheres passaram a lotar os consultórios médicos em busca da cura para a Histeria.
Os médicos, que passavam horas masturbando suas pacientes, começaram a ter problemas de LER (Lesões por Esforço Repetitivo) nos dedos, nas mãos e nos pulsos e novas alternativas para o tratamento da Histeria começaram a ser testadas.
A primeira delas foi um jato d’água diretamente no clitóris. Não é difícil entender que essa técnica não deu muito certo!
Vibrador à vapor – THE Manipulator
Em seguida conhecemos o primeiro vibrador à vapor elaborado pelo médico George Taylor em 1869. Batizado como “The Manipulator” esse vibrador era imenso e bastante estranho. Ele foi anunciado na época como um verdadeiro alívio para os médicos. Ele não parecia ser muito prático…. Esse modelo não durou muito.
Vibrador movido à manivela
No ano de 1880, o médico inglês Joseph Mortimer Granville inventou o vibrador movido à manivela. Esse também não fez sucesso por muito tempo!
Vibrador elétrico
No início do século XX (1902), aparece o primeiro vibrador elétrico fabricado pela empresa americana Hamilton Black e vendido no varejo.
Nessa época, o vibrador se tornou um aparelho doméstico (ao lado das máquinas de costura, do ventilador, da chaleira elétrica e da torradeira) deixando de ser usado apenas nos consultórios médicos e as mulheres passaram a curar a Histeria em casa.
Durante as duas primeiras décadas do século XX, vários modelos de vibradores foram fabricados. Muitos modelos funcionavam com energia elétrica, outros com bateria ou gás ou água e até mesmo alguns funcionavam a pedal!
Os vibradores se tornaram extremamente populares sendo anunciados em revistas e catálogos de produtos de grandes varejistas como a rede de loja Sears.
Nos anos 1920, o uso do vibrador nos filmes pornográficos afetou a sua popularidade, pois o produto passou a ser associado a mulheres vulgares e o aparelho desapareceu das revistas, das lojas e dos consultórios médicos. Os fabricantes até tentaram divulgar o produto, de maneira dissimulada, anunciando o uso do vidrador em outras partes do corpo.
Na década de 60, década da revolução sexual feminina e da descoberta da pílula, o vibrador ressurge. Agora, bem menor e fabricado de borracha ou látex e movido a pilhas ou baterias.
Desde então, o vibrador vem se tornando cada vez mais popular principalmente depois que ele apareceu em um episódio da série americana Sexy and the City em 1998 e também no famoso programa americano The Oprah Winfrey Show em 2009.
Vibrador inteligente
Hoje, com o avanço da tecnologia, vivemos a era dos brinquedos sexuais inteligentes. Esses aparelhos são verdadeiros aliados, pois tornam a nossa vida sexual mais conveniente. O vibrador inteligente proporciona vantagens nunca antes experimentadas:
- O carregamento sem fio que substitui a recarrega por baterias.
- Bateria interna totalmente à prova d’água.
- Acompanha um aplicativo móvel que facilita a alteração, o download e a criação de padrões de vibração para se adequar ao seu gosto e preferências.
Portanto, o avanço da tecnologia pode controlar a, digamos, “Histeria” das mulheres de maneira saudável, tecnológica e bem divertida pois existe no mercado uma infinidade de vibradores com diferentes modelos, formatos, tamanhos, materiais e finalidade.
Então, você já sabe: se você vir a sua esposa, mulher, namorada, amante ou companheira irritada, ansiosa, com insônia, sem vontade de comer, tendo fantasias eróticas e umidade entre as pernas, você tem duas opções: ou você chega junto e proporciona a ela momentos de intenso prazer e orgasmos inimagináveis ou você compra para ela um vibrador bem bacana!
Você pode dar uma olhada no vídeo que conta a história do vibrador, clicando na imagem abaixo.
Eu espero ver você nos próximos artigos e lá no canal! Por isso, cuide-se bem e até a próxima!
